12 itens para avaliação da Governance Officer

12 itens para avaliação da Governance Officer

O que eu incluiria numa avaliação da pessoa que tem a função de Governance Officer se eu fosse presidente do Conselho

Por Gillian Borges

 O papel do Governance Officer vai muito além de organizar a pauta para as reuniões do conselho, fazer o agendamento e redigir a ata. A pessoa que exerce essa função – que não é um cargo – deve funcionar como elo entre os vários sistemas de governança envolvidos, os membros do conselho e as lideranças administrativas e jurídicas. Seu papel é estratégico e sua visão precisa ser sistêmica.

  1. Se ele/ela está familiarizado/a com a cultura da empresa, ou seja, o conjunto de valores, crenças e normas que norteiam a organização.
  2. Se tem amplo conhecimento sobre a empresa para conduzir os processos de integração e de educação continuada dos profissionais relacionados à governança, entre outros processos fundamentais para as boas práticas de governança.
  3. Se apresenta sólida formação acadêmica, visão generalista, maturidade profissional e pensamento estratégico.
  4. Se atua de forma proativa e com legitimidade na liderança da área de governança, extraindo benefícios tangíveis e estimulando seu aprimoramento rumo à sustentabilidade e perenidade da corporação.
  5. Se tem ele/a próprio/a uma conduta ética, imparcial e foco nos interesses da organização.
  6. Se consegue manter alinhados os objetivos da empresa entre os três sistemas envolvidos na governança – propriedade, família e empresa – contribuindo para dar clareza aos papéis de cada um e incentivando responsabilidades compartilhadas.
  7. Se agrega valor para a organização por meio de uma visão sistêmica, facilitando o fluxo de informação, fortalecendo conexões e possibilitando novas interações com boa comunicação.
  8. Se está preparado/a para desenvolver sua função permeando toda a estrutura da organização, nos níveis de estratégica, relacional e operacional.
  9. Se garante o cumprimento dos princípios de governança, materializa esses princípios em contratos, normas, políticas e documentos e se faz controle do processo decisório.
  10. Se contribui para identificação e gestão de riscos, proteção de dados, privacidade e segurança da informação?
  11. Se consegue promover boas práticas de governança corporativa atuando em:
    ( ) Mitigação de conflitos
    ( ) Divisão e clareza de competências
    ( ) Aumento de transparência
    ( ) Prestação de contas
    ( ) Fomento de equidade
    ( ) Estímulo à responsabilidade socioambiental
  12. Entre seus soft skills estão:
    ( ) Escuta ativa
    ( ) Bom relacionamento com board members, diretores e gerentes
    ( ) Inteligência emocional
    ( ) Humildade
    ( ) Paciência
    ( ) Disciplina
    ( ) Boa comunicação
    ( ) Capacidade de persuasão e negociação
    ( ) Proatividade
    ( ) Flexibilidade
    ( ) Empatia
    ( ) Construção de alianças
    ( ) Conduta ética
    ( ) Maturidade profissional

O objetivo da avaliação, mais do que verificar se o/a Governance Officer “está” eficiente é contribuir para seu amadurecimento e para o amadurecimento da área de governança.

Fontes: Governance Officer, IBGC, 2022

Gillian Borges é Conselheira TrendsInnovation certificada pela Inova Business School, Vice-Presidente da Conselheiros TrendsInnovation, Mestre em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Mackenzie, Publisher pela Stanford University, graduada em Comunicação Social e consultora de negócios com foco em Inovação, Tendências, Futuro, Comunicação Estratégica e Marketing. Faz mapeamento de tendências e foresight para empresas nacionais e internacionais, apresentando oportunidades de negócios no mercado brasileiro de bens de consumo e HPPC.

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