Por Andrea Huggard-Caine Reti
A Geração Prateada, composta por indivíduos com mais de 55 anos, está redefinindo a maneira como envelhecemos, abraçando essa nova fase da vida de maneira única e desafiadora. Anteriormente rotulados como Baby Boomers, esses indivíduos estão demonstrando uma abordagem singular em relação ao envelhecimento. Eles estão abraçando seus cabelos prateados como símbolo de sabedoria e experiência.
Podemos identificar dois tipos principais:
Os “saudosistas”: Esses indivíduos sentem nostalgia por tempos passados, valorizando tradições, cultura e memórias. Eles apreciam o legado que construíram ao longo dos anos e encontram conforto na familiaridade do passado. Os saudosistas tendem a buscar conexões com as gerações mais jovens, transmitindo valores e conhecimentos adquiridos ao longo de suas vidas.
Temos também o grupo “quem disse que sou velho”. Eles se recusam a ser definidos pelo estereótipo de “velhice”. Desafiam as noções tradicionais de envelhecimento, mantendo-se ativos, engajados e motivados a continuar aprendendo e explorando. Veem essa fase da vida como uma oportunidade para se reinventar, buscar novos desafios e perseguir paixões que talvez não tivessem tempo antes.
Recentemente, a Toluna conduziu uma pesquisa abrangente sobre a Geração Prateada, comparando as respostas deles com as de pessoas mais jovens, revelando insights interessantes. Entre eles, destaca-se o fato de que essa geração está cada vez mais conectada digitalmente, utilizando a tecnologia para se manter informada, comunicar-se com amigos e familiares, fazer compras e até mesmo empreender, quase nos mesmos níveis que as pessoas mais jovens.
Algo inesperado foram as respostas relativas às perguntas sobre como eles se sentem capazes de cumprir as responsabilidades que a vida demanda. Nesse caso, a Geração Prateada relatou um nível de confiança maior que o das pessoas abaixo de 55 anos, tanto em relação à forma física quanto à capacidade de lidar com o estresse e aos níveis de energia. Fica a pergunta: isso é uma questão de vaidade, excesso de autoconfiança ou parte da mentalidade de serem super-heróis dessa geração?
Sem dúvida, essa Geração está desafiando as expectativas e estereótipos associados ao envelhecimento. Como sua empresa está lidando com isso?
Andrea Huggard-Caine Reti é Board Member e Consultora.